Descobrir que seu carro foi guinchado já é estressante, mas agora vem a parte que realmente confunde todo mundo: como retirar o carro do pátio. A verdade é que no Rio de Janeiro existem 3 processos completamente diferentes dependendo de quem rebocou seu veículo, e aqui está o problema: a maioria dos guias na internet só explica um deles!
Olha só que interessante: segundo a Portaria DETRO/PRES nº 1710 de 2023, que regulamenta os procedimentos administrativos, cada órgão tem suas próprias regras e documentação específica. Por isso, seguir o processo errado pode te fazer perder tempo e dinheiro.
Neste guia, você vai aprender a identificar rapidamente qual órgão rebocou seu carro e seguir o caminho correto para retirá-lo. Vamos cobrir os documentos necessários para retirar carro do depósito em cada situação, os valores atualizados de 2025 e dicas práticas que só quem já passou por isso conhece.
Aqui está o primeiro segredo que ninguém te conta: antes de correr atrás de documentos, você precisa descobrir qual órgão é responsável pelo seu caso. Isso vai determinar todo o processo que você precisa seguir.
Vamos ser práticos – existem 3 cenários principais no Rio de Janeiro:
Se você estava estacionado em uma rua da cidade (fila dupla, vaga proibida, bloqueando garagem), quem rebocou foi a SEOP (Secretaria Municipal de Ordem Pública). Este é o caso mais comum – cerca de 90% dos reboques urbanos.
Sinais de que foi a SEOP:
Agora, se seu carro foi rebocado durante uma operação policial, fiscalização de transporte ou Lei Seca, aí o responsável é o DETRAN-RJ ou DETRO-RJ. Os procedimentos são bem diferentes da prefeitura.
Situações do DETRAN/DETRO:
Se você estava numa rodovia estadual (RJ-104, RJ-106, etc.) ou numa operação da PRF em rodovia federal, o responsável pode ser o DER-RJ ou Polícia Rodoviária Federal. Este é o processo mais burocrático de todos.
Indicadores de reboque rodoviário:
Se seu carro foi rebocado pela prefeitura, você está no caminho mais direto. A SEOP tem o processo mais organizado e com menos burocracia. Vamos ao passo a passo:
Primeiro, confirme que seu carro está mesmo no depósito da prefeitura. Acesse o sistema da SEOP em https://jeap.rio.rj.gov.br/je-darm e digite sua placa. Lá você vai conseguir emitir a GPR (Guia de Pagamento e Remoção).
A GPR pode ser impressa também diretamente nos depósitos:
Agora vem a lista definitiva de documentos necessários para retirar carro do depósito da prefeitura:
Interessante notar que a prefeitura é mais flexível com quem pode retirar o veículo. Segundo informações do Portal 1746, podem retirar:
O DETRAN-RJ tem regras bem específicas e mais rigorosas. Aqui não tem moleza – tudo precisa estar certinho para conseguir a liberação.
Diferente da prefeitura, no DETRAN você obrigatoriamente precisa gerar o boleto de pagamento no site do Bradesco. O endereço é: https://www.ib7.bradesco.com.br/ibpfdetranrj/
Aqui você vai pagar:
Esta é a chave de tudo no DETRAN: você só consegue retirar o carro após emitir o “Nada Consta de Veículo Apreendido” sem restrições. O site oficial do DETRAN-RJ tem uma seção específica para isso, e o documento só fica disponível depois que todos os débitos são quitados.
Sem esse documento, mesmo com tudo pago, você não consegue levar o carro embora.
Se o carro está em nome de empresa, a coisa complica um pouco mais:
Se seu carro foi apreendido em rodovia estadual, prepare-se para o processo mais complicado. O DER-RJ exige uma etapa extra que os outros órgãos não pedem.
Aqui está o que ninguém te conta: no DER-RJ, você não pode ir direto ao pátio. Primeiro precisa passar numa Ciretran (Circunscrição Regional de Trânsito) para solicitar o ofício de liberação.
Sem esse ofício, o pátio não vai entregar seu carro mesmo com tudo pago.
Na Ciretran, você vai solicitar o famoso “Ofício de Nada Consta de Débito”. Este documento comprova que não há pendências e autoriza a liberação do veículo.
O prazo para emissão é de até 3 dias úteis, então planeje-se com antecedência.
Os pátios do DER-RJ têm horários mais restritivos que os outros órgãos:
Planeje sua ida para não perder a viagem, especialmente se for no fim de semana.
Agora vamos falar do que realmente dói: os custos. A conta pode variar bastante dependendo de quanto tempo seu carro ficou no pátio e quais débitos estavam pendentes.
Sua conta final vai incluir:
Para carros no DETRAN-RJ, por exemplo, apenas reboque e uma diária já dão mais de R$ 400. Se ficar uma semana, pode passar de R$ 1.000 facilmente.
Felizmente, existem opções para não pesar tanto no bolso. Alguns órgãos permitem parcelamento das taxas, e você pode usar plataformas como a Zapay para parcelar IPVA e multas em até 12 vezes.
A dica é: quite primeiro as taxas do pátio (que normalmente não parcelam) e deixe as multas e IPVA para parcelar depois.
Se você não pode ir pessoalmente retirar o carro, vai precisar de uma procuração. E aqui tem diferenças importantes entre os órgãos.
Para o DETRAN/DETRO, a procuração precisa:
A prefeitura (SEOP) é mais flexível e aceita procuração particular para parentes próximos e até advogados.
Agora vem o que é realmente importante: você tem apenas 60 dias para retirar seu carro antes que ele possa ir para leilão. Este prazo vale para todos os órgãos.
Depois de 60 dias, o veículo pode ser leiloado. Se isso acontecer, o valor arrecadado no leilão é usado para quitar as dívidas e o restante (se houver) é depositado para o ex-proprietário.
Chegou o dia de buscar o carro? Prepare-se para uma experiência que pode testar sua paciência. Mas com as dicas certas, você consegue agilizar tudo.
Sabe qual é o segredo? Chegue logo quando o pátio abre. As filas crescem ao longo do dia, especialmente na segunda-feira e depois de feriados.
Leve TODOS os documentos impressos:
Antes de assinar qualquer documento de liberação, faça uma inspeção completa:
Se encontrar qualquer dano, documente TUDO antes de sair do pátio. Depois fica muito difícil provar que o problema aconteceu durante a custódia.
Algumas situações fogem do roteiro padrão e exigem procedimentos específicos. Vamos abordar as mais comuns:
Se seu carro está financiado, normalmente não precisa de autorização específica do banco para retirá-lo do pátio. O CRLV em seu nome já é suficiente.
Porém, se o contrato de financiamento estiver listado nas observações do CRLV, pode ser necessário apresentar uma cópia do contrato de financiamento.
Esta é uma situação delicada que requer documentação específica:
O processo pode demorar mais e é recomendável levar um despachante para ajudar.
Para o futuro, monte uma pasta de emergência com cópias de:
Ter tudo à mão pode economizar horas no processo.
Vamos recapitular tudo de forma prática. Dependendo de quem rebocou seu carro, siga este roteiro:
Para terminar, aqui estão as dicas que realmente fazem diferença na prática:
Enquanto se desloca para o pátio, use o tempo para:
Consultas:
Depósitos Principais:
Retirar um carro rebocado no Rio de Janeiro não precisa ser um pesadelo se você souber qual caminho seguir. O segredo é identificar rapidamente o órgão responsável e seguir o processo específico. Com este guia, você tem todas as informações necessárias para resolver a situação de forma eficiente e sem surpresas desagradáveis.
Lembre-se: quanto mais rápido você agir, menos diárias vai pagar. E sempre inspecione seu carro antes de sair do pátio – é seu direito e sua proteção!
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